Os adultos do tamanduá-da-soja, normalmente, se alimentam em plantas de soja nas proximidades dos locais onde aconteceu a sua emergência do solo. Esse é o momento adequado para detectar a presença do inseto na área e implementar medidas de controle, ou seja, antes da dispersão e intensificação dos seus danos à cultura.
Para o manejo do tamanduá-da-soja, antes de planejar o cultivo da próxima safra, devem ser realizadas amostragens nos talhões em que, na safra anterior, foram observados ataques severos da praga. Essa amostragem deve ser feita preferencialmente na entressafra, entre os meses de maio a setembro, abrindo-se trincheiras no solo sobre as fileiras de soja da safra anterior.
Caso forem encontradas de 2 a 6 larvas/m2 de solo do tamanduá, a cultura da soja deve ser substituída na área por outra cultura não hospedeira como o milho, algodão, sorgo, girassol, milheto, Crotalária juncea ou mucuna-preta, onde o inseto não se desenvolve.
Para aumentar a eficiência de controle da praga, o talhão de plantas não hospedeiras do inseto deverá ser circundado por uma faixa de plantas hospedeiras preferenciais, como soja, feijão, lab-lab ou guandu-anão, que atuarão como cultura armadilha, atraindo os adultos do tamanduá, que emergirão do solo na área adjacente. Nesta ocasião, os adultos devem ser controlados periodicamente com inseticidas químicos (ex. metamidofós, deltametrina, bifentrina), para evitar a sua disseminação para as outras áreas de cultivo. Como medida complementar, a cultura armadilha pode ser destruída com roçadeira ou triton, visando eliminar larvas do tamanduá-da-soja, que eventualmente estejam se desenvolvendo nessas plantas.
Com esse procedimento, o produtor “limpa” o tamanduá da sua área problema, podendo realizar normalmente o plantio de soja nesta área na safra seguinte. Quando não existe o inseto na área, mas na área vizinha adjacente o tem, o controle do tamanduá pode ser realizado através de inseticidas aplicados nas sementes de soja (ex. fipronil, tiametoxam). Complementar à esta prática, deve-se planejar uma faixa de plantas tratadas na bordadura da lavoura de 40 a 50 m, para contenção dos adultos que chegarem à lavoura. Quando forem constatados adultos do tamanduá nas bordaduras da lavoura tratada, recomenda-se também a aplicação periódica de inseticidas nestas áreas, apenas durante os meses de novembro e dezembro, quando a maior parte dos adultos sai do solo.