O Manejo Integrado de Pragas (MIP) deve ser realizado, especialmente, nos estádios iniciais de desenvolvimento da cultura. O controle é somente justificado, quando a densidade populacional das pragas ou a intensidade de desfolha na cultura forem iguais ou superiores aos níveis de ação recomendados pela pesquisa.
O controle deve ser realizado quando forem encontradas, em média, 20 lagartas grandes (igual ou maior que 1,5 cm) por metro de fileira ou quando a desfolha atingir 30% antes da floração ou 15% tão logo apareçam as primeiras flores. Na maioria das vezes, é mais fácil controlar 100 lagartas pequenas do que dez lagartas grandes e vorazes.
O controle de lagartas não deve ser feito com inseticidas não seletivos. Também não se recomenda a aplicação preventiva de inseticidas, especialmente, quando em mistura com dessecantes, herbicidas ou fungicidas, pois além do grave problema de poluição ambiental, a aplicação desnecessária pode aumentar o custo de produção.
Na escolha do inseticida para o controle de lagartas deve-se levar em consideração a sua toxicidade, o efeito sobre inimigos naturais e o custo por hectare. Pulverizações com inseticidas na cultura devem ser realizadas com gotas pequenas, utilizando-se para isso, preferencialmente, bicos do tipo cone. Além disso, o mesmo ingrediente ativo não deve ser usado em duas aplicações sucessivas.
Durante a fase de fechamento das fileiras das plantas de soja, os inseticidas reguladores de crescimento constituem uma ótima opção para o controle desta lagarta.
Para que não ocorra o desenvolvimento de resistência das lagartas à soja transgênica Bt e, consequentemente, prolongar a vida útil dessa tecnologia, é imprescindível a implementação de áreas de refúgios nas unidades de produção agrícola, em pelo menos 20% da área cultivada com Bt.
